To the Moon: conheça a história de amor entre Johnny e River

Dayan Valente
3 min readJan 19, 2023

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Como todos sabem, sou um PC gamer de carteirinha com direito a mais de 750 jogos na minha biblioteca da Steam — em que centenas deles eu nem comecei a jogar ainda — , graças a diversas promoções que acontecem na própria plataforma de jogos. Além disso, sou adepto dos Humble Bundles — para quem não conhece, são promoções em que são vendidos pacotes com uns 10 jogos por um preço muito baixo (tipo US$ 7) para ajudar alguma instituição de caridade.

Com isso, venho lotando minha biblioteca e, recentemente, tenho sido muito atraído por jogos indie. Jogos que são feitos de maneira totalmente independente e que, por isso, demandam mão de obra e amor pelo produto ainda maior por parte do desenvolvedor.

Na última promoção de verão da Steam, adquiri quatro jogos por 17 reais: Terraria, Don’t Starve, N.P.P.D. Rush e To The Moon. Alguns são games indies já conhecidos pelo público, e um completamente desconhecido do mundo inteiro, mas que tem uma temática alucinógena e estava por 2 reais, então… por que não?

Resolvi começar a jogar To The Moon. Muitos amigos me diziam que era um jogo lindo, com uma história maravilhosa e que eu deveria jogar com um lenço do meu lado. Deveria ter escutado eles, afinal, nos últimos minutos do jogo, foi necessário e eu não tinha nenhum por perto.

Só a primeira parte da história…

[POSSÍVEIS SPOILERS]

A história começa simples e interessante: você controla dois cientistas que tem o trabalho interessante de realizar o último desejo das pessoas. Como? Elas entram nas memórias de cada um dos clientes para conhecer o histórico delas e os motivos desse desejo. Então, encontram a mesma pessoa na infância para alterar sua história. Parece confuso, né? Vou tentar explicar com o exemplo do jogo.

Logo no começo, os doutores Eva Rosalene e Neil Watts são contratados para realizar o último desejo de Johnny: ir para a Lua. Então, eles começam a explorar suas memórias para ver o motivo de querer fazer tal viagem espacial. Assim que descobrirem sua trajetória e o motivo da escolha, eles vão à sua infância para fazer com que ele tenha o desejo de ser um astronauta.

Porém, no caminho do conhecimento da vida de Johnny, os doutores se deparam com o amor da vida dele: River. Uma mulher que ele conheceu no colégio e que amou durante toda a sua vida. Ela tinha uma doença incurável e que fez ele fazer uma escolha terrível quando já era velho. O tratamento dela ou a realização do último desejo de River. Não vou falar mais para evitar possíveis spoilers e não estragar a graça de quem quiser jogar.

Por ser um jogo indie, não espere gráficos de última geração. To The Moon possui gráficos simples (quase 8-bits), com uma trilha sonora, que apesar de repetitiva, é muito atraente e gostosa de se ouvir. Como é dito no próprio jogo: “possui apenas duas notas que se repetem”, mas é muito bom de manter no repeat.

No final do jogo, lágrimas escorriam dos olhos — como todos os meus amigos haviam me alertado — e, agora, não vejo a hora de sair a segunda parte do jogo que já foi prometida. O pessoal da Freebird Games está de parabéns por criar um jogo tão bom como To The Moon. Se você quer saber: é uma obrigação jogar este game!

Esse texto foi escrito em 11/07/2014 e publicado no meu antigo blog Dobro da Metade. Aos poucos, todos os meus textos serão publicados aqui.

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Written by Dayan Valente

Jornalista e copywriter apaixonado por tecnologia e storytelling. Transformo ideias em palavras que conectam, engajam e inspiram.

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